Presença de ensino privado cresce na classe média, afirma estudo
17/10/2012
17/10/2012 - 03h00
Presença de ensino privado cresce na classe média, afirma estudo
Apesar de a escolaridade da classe média não estar acompanhando o ritmo de aumento da renda, a presença do ensino privado tem se expandido.
Mais de 97% dos municípios do Estado de São Paulo são majoritariamente de classe média. Os dados são de um estudo da Fundação Seade sobre o impacto do crescimento da classe média, a partir dos dados do Censo 2010 e com a classificação proposta pela Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Quanto à escolaridade, ela é bem inferior à observada nos domicílios de classe alta, diz Maria Helena Guimarães de Castro, diretora-executiva da Fundação Seade.
Na classe média (renda domiciliar per capita entre R$ 261 e R$ 914), 60,2% na faixa entre 24 e 59 anos acabaram o ensino fundamental, ante 86% dos de classe alta (renda per capita acima de R$ 914). No ensino superior, enquanto 29,8% dos jovens de 18 a 29 anos de classe alta têm ensino superior completo, nos domicílios de classe média esse percentual não supera os 5%.
"Apesar dessas disparidades, a presença do ensino privado tem crescido muito na nova classe média", segundo Castro. Cerca de 41,6% dos jovens entre 18 e 29 anos frequentam instituições de ensino particular.
Os resultados evidenciam que os serviços privados nas áreas de saúde e educação começam a competir com os públicos, diz.
"A procura pelo ensino privado é menor no ensino médio e bem mais intensa na educação infantil", afirma.
Para a Seade, entre outras ações, o Estado deve favorecer a educação continuada e a oferta de qualificação profissional. "Há forte demanda para cursos técnicos."
Fonte: Folha.com
Imagem: Folha.com